93% dos brasileiros não usam cinto de segurança no banco traseiro, segundo pesquisa
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Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego o cinto de segurança não é utilizado por 93% dos ocupantes traseiros, enquanto 97% dos passageiros dianteiros aderem ao item.

As justificativas entre os passageiros para o não uso do equipamento de segurança geralmente, são similares. “Entre as desculpas mais comuns estão a falsa sensação de proteção oferecida pelos bancos dianteiros e o desconforto proporcionado pelo cinto de segurança”, afirma a diretora da ProSimulador Sheila Borges, empresa desenvolvedora de tecnologias para os segmentos de educação e segurança para o trânsito.

Segundo uma estimativa da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) ferimentos e mortes poderiam ser evitados diariamente se as normas fossem cumpridas. Segundo dados da Sbot, o equipamento reduz em 45% o risco de óbitos nos bancos dianteiros e em até 75% nas poltronas traseiras. Em caso de colisão o ocupante que não utiliza o dispositivo de segurança é projetado para frente com peso 15 vezes maior. “A eficácia do cinto de segurança é comprovada. Seu uso evita que os ocupantes sejam projetados contra as partes internas ou arremessados para fora de um veículo, em situações de acidentes”, reforça Sheila.

Para reverter este cenário, segundo a diretora da ProSimulador, uma inversão cultural seria importante, além do investimento em educação e fiscalização. “Um não funciona sem o outro. Hoje, os maus hábitos são passados de geração a geração, dos mais velhos aos mais novos, que crescem acreditando que as más condutas dos pais são corretas no trânsito. Para conscientizar a população, o ideal seria inserir o tema trânsito, ainda que de forma transversal, desde a educação nas escolas. Assim, as próprias crianças ajudariam a multiplicar a concepção de prevenção e a cultura da segurança no trânsito, pois elas passariam a cobrar atitudes corretas dos pais”, explica.

Outra maneira é melhorar a fiscalização. “Com blitz educativas e também punitivas. Primeiro a educação, de modo informativo. Depois, aos que não se adequam, as multas e punições poderiam ser aplicadas”, conclui Sheila.

Em Manaus

Segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), entre os meses de janeiro e março de 2019, foram registrados 1.082 casos de motoristas multados pela falta de uso de cinto de segurança. Em 2018, foram registrados 874 casos desta infração. O que representou um aumento de 23,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.

 

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