De acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a previsão de chuva para este mês de abril na capital amazonense está ligeiramente acima da climatologia, cerca de 338 milímetros. A principal preocupação é que o período pode apresentar eventuais tempestades, já que as rajadas de vento são mais intensas nos períodos de transição entre as estações, o que deverá ocorrer, principalmente, a partir dos meses de maio e junho deste ano.

Segundo o chefe Divisão de Meteorologia do Censipam, Ricardo Dallarosa, as chuvas em Manaus têm apresentado comportamento variado, com volumes próximos do normal da climatologia.

“O mês de janeiro apresentou um total de cerca de 240 mm, foi considerado seco porque a climatologia indica 270 – 301 mm; fevereiro apresentou volume de 352 mm e o esperado era 222 – 306 mm sendo, portanto, considerado chuvoso; março apresentou total de 306 mm quando o esperado seria 240 – 303 mm, portanto, muito próximo do esperado. A região está sob a influência do fenômeno ‘El Niño’, e essa variação no comportamento deve-se a fatores associados a este fenômeno”, explicou.

Com essa transição no clima de Manaus, o perigo com as vias públicas tende a crescer, e é necessário alertar sobre os possíveis cuidados que o condutor deverá ter nessa época.

De acordo com o especialista em trânsito e coordenador do movimento Maio Amarelo no estado do Amazonas Haniery Mendonça, o condutor deve ter certos cuidados na hora de conduzir um veiculo durante as chuvas.

“O maior perigo de uma chuva intensa é porque o solo não seca, automaticamente deixando a pista úmida, fazendo com que o pneu não tenha tanta aderência, e isso leva há muitos fatores de risco. Aumentando a velocidade do veículo você pode ter problemas na hora das curvas, te jogando para o lado de fora da pista ou para o lado de dentro”.

Haniery ainda lembra de outro fator importante que todo condutor deve lembrar. “Outro fator importante é a qualidade do pneu. Muita gente se preocupa em comprar pneus novos somente para fugir das multas, não se importando muitas vezes na qualidade, em muitos casos com pneus com uma péssima aderência. E isso influencia na hora de um acidente”.