G1 Amazonas
Acidente, que aconteceu no dia 28 de setembro do ano passado, matou quatro pessoas e deixou mais de 10 feridos. Carros foram arremessados sobre o rio e uma ponte provisória foi montada no local.
Um ano após a queda da ponte sobre o Rio Curuçá, no km 23 da BR-319, rodovia que liga o Amazonas ao restante do país, o laudo técnico que apura as causas da tragédia ainda não foi finalizado. A informação é do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit).
No entanto, um ano após a tragédia, o Dnit disse que não vai se manifestar sobre as causas do acidente antes da conclusão das investigações da Polícia Civil e da emissão do laudo técnico do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) que busca identificar o que poderia ter provocado o colapso na ponte.
Em agosto deste ano, a PC, a SSP e a Polícia Federal no Amazonas fizeram uma reconstituição sobre o desabamento. Na época, segundo o delegado David Jordão, que conduz as investigações, a simulação ia reproduzir a tonelagem de veículos que estavam sobre a ponte no momento da tragédia.
Logo após a reconstituição, o delegado ainda afirmou que o inquérito sobre o caso é muito complexo e que a reconstituição seria apenas uma das fases da investigação.
![Ponte sobre o Rio Curuçá e ponte Autaz Mirim, no Amazonas, desabaram — Foto: Wiliam Duarte/Rede Amazônica](https://s2-g1.glbimg.com/Ge4l23nNao6oi6c_WGMxhtPq_wE=/0x0:1280x720/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/0/n/CjQBqyQaStlSLZOxtIAQ/ponte-sobre-o-rio-curuca-e-ponte-autaz-mirim-no-amazonas-br-319-fotos-wiliam-duarte-rede-amazonica.jpg)
Ponte sobre o Rio Curuçá e ponte Autaz Mirim, no Amazonas, desabaram — Foto: Wiliam Duarte/Rede Amazônica
“Nós tivemos 60 laudas só de depoimentos. […] fora os laudos técnicos que são muito específicos, que saem da parte do direito para a parte de engenharia. Isso demanda tempo para ser maturado e essa fase de hoje é uma das diligências essenciais para chegarmos ao ponto final, que é a conclusão e o relatório encaminhado à Justiça com possíveis investigados e responsáveis”.
Paralelamente ao inquérito da Polícia Civil, outra investigação é tocada pela Polícia Federal. O material colhido no Amazonas durante a reconstituição, inclusive, foi mandado para o setor técnico da PF em Brasília, que ajuda na apuração. O g1 também questionou a corporação sobre o andamento dos trabalhos, mas até o momento também não obteve retorno.
Dnit continua retirando escombros
![Balsa faz a travessia de veículos sobre o Rio Curuçá — Foto: William Duarte/Rede Amazônica](https://s2-g1.glbimg.com/40ZxfO2IIsnQru8sPyNLv4tK150=/0x0:1345x751/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/2/R/Y30r3uQkOEDJ4r6VSXgg/travessia-ponte.png)
Balsa faz a travessia de veículos sobre o Rio Curuçá — Foto: William Duarte/Rede Amazônica
Um ano após a tragédia, o Dnit disse que equipes da autarquia ainda seguem atuando na remoção dos escombros da antiga ponte. O trabalho, segundo o órgão, já em fase final.
“Contudo, com a vazante acentuada do Rio Curuçá ainda há algumas peças submersas a serem retiradas, o que deve levar um pouco mais de tempo para que este serviço seja concluído. Em paralelo, está sendo executada a fundação da nova ponte, com os trabalhos de cravação das camisas metálicas das estacas, com montagem das armaduras e concretagem desses elementos”, disse o órgão em nota.https://e9375179f8706cc4f366c92f4ee56d5d.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
Ainda conforme o Dnit, a ponte que fazia a travessia de carros no local, desde após a tragédia, precisou ser travada, em razão da estiagem que afeta o rio.
“Desde o início deste mês de setembro a embarcação precisou ser travada entre os acessos tornando-se fixa e funcionando como ponte. O travamento da balsa deve-se à vazante acentuada do rio”, finalizou o órgão.