Os valores dos preços da gasolina na cidade de Manaus continuam caindo. O litro da gasolina já pode ser encontrado a R$3,86 e R$3,99, no Distrito Industrial, Zona Sul de R$ 4,15 a 4,19 nas áreas mais centrais da cidade, assim causando grandes filas em postos do distrito, por exemplo, onde o preço do litro da gasolina é diferenciado, sempre mais em conta que nas demais áreas da cidade.
Já mais ao centro da cidade, outros postos também decidiram reduzir o preço do litro da gasolina, que até a semana passada chegou a custar R$ 4,49 e agora baixou pra R$ 4,59. Na Avenida André Araújo, por exemplo, o preço foi reduzido na segunda-feira (15), passando de R$ 4,49 para R$ 4,15. Outros postos na Boulevard Álvaro Maia e no bairro do Aleixo, Zona Sul, o preço do litro da gasolina variava entre R$ 4,49, R$ 4,45, R$ 4,41, R$ 4,20 e R$ 4,15. Na estrada da Ponta Negra, próximo ao Ducila, o posto BR agora vende a R$ 4,19.
O que mais preocupa aos consumidores é a variação constante do preço da gasolina nos postos. “Hoje está nesse preço, mas amanhã pode amanhecer com um valor alto, de novo, sem nenhum pré-aviso”, disse o vigilante Edson Moura. Ainda segundo ele, o preço da gasolina baixou em alguns postos, o que é bom para os consumidores, “porque quase R$ 5 é um preço absurdo, mas R$ 4,15, como está sendo vendido aqui neste posto ainda é alto, esperamos que possa baixar ainda mais”.
Na avaliação do vigilante, quem trabalha e precisa de um veiculo para se locomover, consome muita gasolina, o que acaba pesando no orçamento doméstico. “Nós não precisamos importar petróleo, temos esse combustível aqui, então porque é tão caro?”, questiona o vigilante.
Esse tipo de questionamento também é feito pela biomédica Matilde Mejia, que disse não entender porque o preço da gasolina é tão elevado em Manaus e nem porque varia tanto nos dias seguintes. “Parece que os dos de postos de gasolina ficam testando o consumidor, se o preço está alto e mesmo assim as vendas se mantêm, então tudo bem, se não eles baixam um pouco, como agora. O preço baixou, mas ainda não está bom, precisa baixar mais”, destacou Matilde Mejia.
Essa pratica de diminuição dos preços e variação acaba levando o Procon-AM a intensificar as fiscalizações na capital. O gestor do Procon-AM, Jalil Fraxe, disse não ter como garantir que a redução dos preços é resultado das fiscalizações, mas afirma que as alterações bruscas nos preços do litro da gasolina chamam atenção. “As fiscalizações são constantes, cobrando informação de uma média de 60 donos de postos por semana, que são obrigados a entregar as notas fiscais de entra e saída da gasolina, ou seja, na compra das distribuidoras e da venda do consumidor final”, disse Jalil Fraxe.
O gestor diz que durante as fiscalizações tenta entender o elevado preço e tentar assegurar que não são abusivos pra prejudicar o consumidor. “Durante as fiscalizações verificamos qual o motivo do preço este tão elevado, entendemos que o empresário precisa ter uma margem de lucro, já que tem impostos para pagar, folha de pessoal e outros gastos, mas esses os preços não podem ficar muito elevados porque se torna abusivo, prejudicando os consumidores”, explicou o gestor do Procon-AM.
De acordo com Jalil, no Amazonas são comercializados entre 200 e 250 milhões de litros de gasolina por mês, sendo quase 300 postos de combustíveis, o que torna acirrada a concorrência, mas segundo Jalil Fraxe, no interior do Estado o litro de gasolina pode chegar a ser vendido por até R$ 6,20.