A venda de bicicletas elétricas atingiu o recorde de vendas antes do final de 2021. De acordo com o G1 e Aliança Bike, associação brasileira de empresas do setor de bicicletas, de janeiro a outubro cerca de 35.722 bicicletas foram vendidas.
A quantidade de comercializações ultrapassou o ano completo de 2020, tendo um número de 32.110 bicicletas elétricas vendidas. Os meses de novembro e dezembro ainda não foram contabilizados, mas a associação estima que o ano termine com 43 mil bikes comercializadas. Essa quantidade irá representar um aumento de 34% em relação a 2020.
A Aliança Bike acredita que, muito do crescimento do setor ocorre de forma orgânica. “A bicicleta elétrica vem vencendo a desinformação, e mais empresas estão ofertando modelos”, esclarece Daniel Guth, diretor executivo da associação. A maioria é importada, mas a produção nacional também cresce.
Segundo os empresários do setor, ainda há muito espaço para crescimento das bicicletas, mesmo estando em alta. “Percentualmente, ainda é muito pequeno, cerca de 1% do total [de bicicletas]. Estamos muito aquém do potencial”, explica Guth.
A montagem nacional dessas bikes tem aumentado em relação às importações. A produção nacional aumentou 14,5% na comparação a 2016. Muito dessa mudança se deu ao investimento de marcas consolidadas no mercado e a redução da tributação de muitas peças, segundo a Aliança Bike.
“Para se ter uma ideia, ao importar uma bike elétrica inteira paga-se 18% de imposto de importação”, explicou Guth. “Importando os componentes, a alíquota é menor: para alguns é de 14,4%; e (para) câmbios e cassetes, que não têm fabricação no Brasil, a alíquota é de 0%. Para quem tem volume, montar aqui no Brasil vai se tornando cada dia mais vantajoso.”
Fonte: Rafael Miotto / G1
Foto: Divulgação / Vela Bikes