As péssimas condições de tráfego nas proximidades do Porto Chibatão, no bairro Colônia Oliveira Machado, zona Sul de Manaus (AM), tem prejudicado motoristas, empresários e moradores da região. O principal problema está em uma rotatória que dá acesso ao Porto, no entroncamento das avenidas General Rodrigo Otávio e Presidente Kennedy.
O empresário de transportes Jaderson Fernandes, 43, enfrenta problemas para fazer o retorno com veículos de grande porte e já viu vários contêineres tombando no local por causa dos buracos e a falta de experiência de alguns motoristas.
“Existe uma placa de regulamento proibindo o acesso à direita de quem vem da área portuária, obrigando seguirmos até mais a frente, onde temos que fazer um retorno, sendo que nesse local existe um enorme buraco. Nos obriga, até em alguns momentos, ter que andar na contramão pra evitar um tombamento da carga por conta do buraco”, relata.
O Porto Chibatão, localizado no Polo Industrial de Manaus, é considerado um dos maiores complexos portuários privado da América Latina com 1 milhão de metros quadrados e capacidade para 40 mil contêineres. É um dos principais centros logísticos da capital, com fornecimento e distribuição de produtos do PIM. Além do fluxo intenso de carretas e caminhões, veículos de passeio também trafegam pela área por ser acesso à Base Aérea de Manaus, Vila Militar Ajuricaba e centro comercial do bairro Educandos.
Com tamanha importância para o segmento econômico de Manaus, o especialista em perícia de trânsito Haniery Mendonça avalia que a construção de residências de forma desregulada e a falta de atenção do poder público potencializam os problemas de trafegabilidade de veículos de grande porte no bairro. “Se nada for feito de forma correta, visando a segurança, vai ter um momento em que a própria população vai começar a reclamar, fazer manifestações e querer parar. Automativamente vai parar o Polo Industrial”, destaca.
Na avaliação de Haniery, é necessário ser feita uma ação na região para tentar reduzir a passagem de veículos pequenos e conscientizar sobre limite de velocidade e segurança.
O Manaus em Trânsito procurou a Secretaria Municipal de Infraestrutura para saber se há previsão de recapeamento na via, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
Reportagem: Ana Maria Reis
Foto: Caique Policarpo / Manaus em Trânsito