Veja a posição do Brasil no ranking global de infraestrutura para carros elétricos
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De acordo com o levantamento, o Brasil ocupa o 20º lugar na lista com 30 países, tendo a China em 1º lugar, seguida por Alemanha e Holanda.

Fonte: Portal do Trânsito

A edição 2022 do EV Charging Index que aponta crescimento na média global em um ano, impulsionada pelos mercados emergentes, divulgou o resultado do ranking em índice global de infraestrutura para carros elétricos feito pela consultoria Roland Berger.

De acordo com o levantamento, o Brasil ocupa o 20º lugar na lista com 30 países, tendo a China em 1º lugar, seguida por Alemanha e Holanda.

Sobre o ranking

O estudo classifica os países por pontuações de zero a 100, tendo como referência 27 indicadores, como as vendas de veículos elétricos; tamanho da frota com a tecnologia; metas de emissão de CO2; metas para infraestrutura; subsídios e incentivos; infraestrutura disponível pública e privada; venda de carregadores, tamanho dos players locais, entre outros, ficando o Brasil, com 39 pontos, às costas da Índia e Romênia, com 48 e 40 pontos respectivamente.

Em primeiro lugar vem a China, com 81 pontos, depois a Alemanha, com 71 pontos e a Holanda com 69 pontos. Na sequência estão os Estados Unidos (68) e o Reino Unido (66) entre os cinco melhores colocados de 2022.

Já os países do Oriente Médio foram os que menos pontuaram. Nas três últimas posições do ranking estão Vietnã (26 pontos), Emirados Árabes Unidos (26) e Arábia Saudita (16). 

Os países da América do Norte tiveram o melhor desempenho. A infraestrutura cresce rápido também na Ásia e na Europa.

Avanços na infraestrutura de recarga de carros elétricos

Apenas nos primeiros seis meses de 2022, foram instalados na China cerca de 381 mil pontos de carregamento públicos, enquanto os Estados Unidos implementaram cerca de 14.600, liderando na América do Norte.

Neste aspecto, Marcus Ayres, sócio da Roland Berger, considera que o Brasil ainda tem desafios específicos.

“Estamos quase no meio do caminho, o que reflete bastante a característica da nossa mobilidade, que tem tecnologias mais verdes, como os carros flex, e desafios como o tamanho continental do país, além de questões com as hidrelétricas em períodos de seca. Além disso, quando falamos de infraestrutura, no Brasil existe um gap: deveríamos gastar 5% do PIB nessa área, mas hoje temos 2% de investimento público e privado, o que impacta a manutenção da infraestrutura emergente”, ressalta o executivo.

Interesse do consumidor

O levantamento também identificou que a motivação para comprar um veículo elétrico mudou, sendo, pela primeira vez, a facilidade do carro elétrico para viagens curtas, o principal motivador dos consumidores, ultrapassando a preocupação com o meio ambiente.

Os consumidores também apontam financiamentos e incentivos e a experiência de direção como razões para a compra.

Os norte-americanos, por exemplo, são os mais satisfeitos com o preço da energia e o custo-benefício dos carros elétricos. Já, os europeus ressaltam os efeitos da guerra na Ucrânia.

O preço da energia elétrica na União Européia aumentou 103%, no período entre dezembro de 2021 e junho de 2022. Nesse sentido, isso os levou a questionarem sobre os benefícios dos carros elétricos, mostrando insatisfação com os custos.

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