Cinco vezes maior que Titanic, navio de cruzeiro recebe últimos retoques para zarpar
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O maior cruzeiro do mundo, com um total de 20 decks, oito bairros e 365 metros de comprimento, recebe os últimos retoques antes de sua primeira viagem, marcada para janeiro de 2024. O navio Icon of the Seas, da Royal Caribbean International, fez seu primeiro teste em águas abertas em junho passado.

Cinco vezes maior que o Titanic, o gigante de 250.800 toneladas tem capacidade para quase dez mil pessoas: até 7.600 passageiros e 2.350 tripulantes. O navio contará com o maior parque aquático marítimo do mundo, com seis toboáguas de tamanho recorde. Além de sete piscinas, nove banheiras de hidromassagem, um simulador de surfe e mais de 40 restaurantes, bares e áreas de entretenimento. Uma particularidade é a gigantesca cúpula de cristal que cobre a proa.

Em seu interior, são 28 tipos diferentes de acomodações, com mais categorias para famílias, mais layouts com vista para o mar e mais espaço para viajantes em grupo.

A Meyer Turku também tem dois outros navios de tamanho similar em sua carteira de pedidos.

— Os navios de cruzeiro ficaram maiores na última década — explica Alexis Papathanassis, professor de gestão de cruzeiros na Universidade de Ciências Aplicadas em Bremerhaven, Alemanha.

Segundo ele, “há benefícios econômicos óbvios” para os grandes navios, pois reduzem o custo de cada passageiro ao fazer economias de escala. Com shoppings, uma pista de patinação no gelo e “mais lugares do que qualquer outro navio”, o “Icon of the Seas” também oferece mais lugares para gastar dinheiro a bordo.

A embarcação, que estará junto à frota da Royal Caribbean em 26 de outubro, promete ser um pico evolutivo da linha de cruzeiros, usando a tecnologia mais recente para construir uma “base perfeita”. O Icon of the Seas é o primeiro navio da Royal Caribbean International movido a gás natural liquefeito (GNL) e tecnologia de célula de combustível, como parte do movimento da empresa para um futuro de energia limpa.

O aumento do tamanho dos navios continuará, prevê Papathanassis, mas em um ritmo mais lento devido ao contexto econômico.

— Quanto maiores os navios, maiores são os custos de investimento e o conhecimento tecnológico exigido. E o conhecimento tecnológico não é barato — explica.

O Icon of the Seas navegará em férias de sete noites no Caribe Oriental e Ocidental partindo de Miami o ano todo. Cada viagem incluirá uma visita ao Perfect Day at CocoCay, o premiado destino de ilha particular da Royal Caribbean, bem como sua nova expansão, Hideaway Beach.

O atual detentor do título de maior navio de cruzeiro do mundo é a embarcação Wonder of the Seas, também da Royal Caribbean. Inaugurado no ano passado, o gigante tem aproximadamente 362 metros de comprimento, mas apenas 18 decks – dois a menor que seu irmão, Icon of the Seas.

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