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Analistas acreditam que o etanol deve ficar menos competitivo com a alta de mistura na gasolina. O possível aumento da mistura de etanol na gasolina, de 27% para 30%, em discussão pelo governo federal, tem efeitos diversos para o setor, mas o principal deles seria a contribuição para a descarbonização.
Do ponto de vista de mercado, a mudança na mistura pode reduzir os preços da gasolina nas bombas e, com isso, beneficiar o consumidor. Por outro lado, o etanol hidratado corre o risco de perder níveis de competitividade que já vêm em trajetória decrescente.
De acordo com os analistas, o Brasil importa de 15% a 20% da gasolina que é consumida, e a diminuição nesse percentual teria relevância para a balança comercial. No entanto, existe a possibilidade de perda de competitividade do hidratado nas bombas. Isso levaria a alterações na estratégia da indústria.
A medida deve gerar um crescimento anual de 1,3 bilhão de litros no consumo anual de etanol anidro — variedade que é misturada à gasolina. Sobre a diminuição das importações de gasolina, os analistas acreditam que deveriam ser um elemento importante para a decisão do governo sobre ampliar a mistura de etanol.