Após o presidente Jair Bolsonaro recuar no aumento do diesel na semana passada, a Petrobras anunciou ontem (17) o novo reajuste do preço do diesel. O aumento de R$ 0,10/litro, implica numa variação mínima de 4,518% e máxima de 5,147%, nos seus 35 pontos de venda no Brasil. Este novo preço passa a vigorar a partir desta quinta-feira (18). O presidente da estatal, Roberto Castello Branco, informou na coletiva realizada ontem que a companhia não teve prejuízo com o adiamento do reajuste do preço do diesel. Muito pelo contrário, ele afirmou que o ajuste máximo pôde ser menor justamente porque o frete marítimo, um dos componentes do preço do diesel, caiu desde o dia 11 de abril.
“A Petrobras teve perda zero com o adiamento do ajuste do diesel, por que temos hedge e o preço do frete marítimo caiu”, afirma Roberto a jornalistas em encontro para explicar o reajuste do combustível.
De acordo com a estatal, o reajuste levou em consideração os mecanismos de proteção, através dos derivativos financeiros, e as variações de demais parcelas que compõem o Preço Paridade Internacional (PPI) com destaque para redução recente do frete marítimo.
A Petrobras ainda informou por meio de nota que o preço estabelecido pela Petrobras representa, em média, 54% do preço do diesel nos postos de serviço. O preço médio do diesel ao consumidor no Brasil é 13% menor do que a média global, havendo 105 países com preços superiores aos nossos, segundo a globalfuelprices.com.
Quando foi perguntado sobre o reajuste no diesel e o seu impacto na decisão dos caminhoneiros de fazer nova paralisação, Castello afirmou que isso o fez adiar o ajuste na semana passada. “Todos nós sofremos com a greve dos caminhoneiros (2018), foi com base nisso que sustei o ajuste”, disse. Ele ressaltou também que só vê greves desse tipo em países como Brasil e França, onde o refino é estatal. “Já reclamei da solidão no refino, sou contra o monopólio”, disse