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Existe um projeto de lei pra diminuir a velocidade e também evitar que as pessoas só respeitem a sinalização perto dos radares.
O investimento é sempre em novas ruas, em mais viadutos e em novas vias expressas. E o pedestre que se vire numa passarela suspensa ou subterrânea. A constatação é do professor de Engenharia de Tráfego da Universidade de Brasília Paulo César Marques.
No Brasil, a velocidade máxima na frente de escolas é quase sempre superior a 20 km por hora, limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Outra orientação da OMS é reduzir para 50 por hora o limite em avenidas e para 30 por hora em ruas estreitas.
Mas por serem impopulares, não é simples promover essas mudanças. Quem fala sobre a necessidade de mudar essa cultura é a Ingrid Neto, coordenadora do Laboratório de Psicologia do Trânsito do Centro Universitário do Distrito Federal.
As soluções também passam pela substituição da palavra acidente, de acordo com o oficial técnico em Segurança Viária da OMS, Victor Pavarino.
Quando um pedestre é atropelado a 60 km por hora, segundo a OMS, a chance de morte é de 98%. Já a 40 por hora, esse risco cai para 35%. Nas rodoviais, conforme o coordenador geral da Polícia Rodoviária Federal, Jefferson Almeida, 30% das lesões mais graves e fatais se concentram em apenas 4% da malha rodoviária.
Por isso, existe um projeto de lei pra diminuir a velocidade e também evitar que as pessoas só respeitem a sinalização perto dos radares.