A Volkswagen enfim revelou o aguardado Jetta GLI, versão esportiva que passa a ser a opção mais cara do sedã médio. O modelo foi apresentado no Salão de Chicago e desembarca do México no Brasil até o meio do ano.
Tal como esperado, a variante usa a vitaminada mecânica do primoGolf GTI: motor 2.0 turbo e câmbio manual ou DSG de dupla embreagem e sete marchas. São 231 cv e 35,7 kgfm de torque máximo.
Segundo a Volkswagen, o chassi do sedã teve a altura reduzida em 1,5 cm para ajudar na aerodinâmica. O Jetta GLI também conta com esquema de suspensão por braços múltiplos na traseira, algo que era esperado, já que a nova versão vem suceder o antigo Jetta Highline, que também trazia refinos do Golf GTI. O três volumes ainda recebeu os conjuntos de freio de alta performance do Golf R, com discos e pinças maiores.
Na estética, o Jetta GLI é exatamente como esperávamos. A dianteira imponente faz jus ao desempenho prometido. A enorme grade tem acabamento em preto brilhante e é adornada pelo mesmo filete vermelho visto no Golf GTI e em outros modelos da marca. A sigla GLI aparece destacada na grade, nos para-lamas dianteiros e na tampa traseira. Os para-choques remodelados são mais envolventes e, atrás, há duas ponteiras cromadas.
Por dentro, o Jetta GLI tem muito do icônico Golf GTI, porém seu painel é mais moderno (e menos datado) que o do hatch. Por isso, o sedã promete impressionar mais. O design mantém os traços dos compactos Polo e Virtus, com a tela multimídia de 8 polegadas em destaque. Os bancos são forrados em couro e não há o lindo tecido xadrez dos GTIs. Por outro lado, o volante de base reta é igual ao do Golf mais famoso.
As fotos mostram cuidado no acabamento. Há molduras em preto brilhante e forração com costura vermelha pespontada, para dar um toque esportivo. O painel é enfeitado por outro filete vermelho e, atrás do volante, o quadro de instrumentos em tela digital (que é opcional) dá um ar sofisticado. Tal como no Golf GTI, a tela tem mostradores com bordas vermelhas, diferente do padrão visto no cluster do Polo e do Virtus.
Conforme suspeitamos, a configuração traz os paddle-shifts no volante, que acabaram descartados nas versões 250 TSI, além de bancos dianteiros com ajustes elétricos. A lista de fábrica reúne ainda itens como chave presencial, ar-condicionado de duas zonas, controles de estabilidade e de tração, ABS com EBD, seis airbags, faróis full LED, frenagem automática de emergência, bloqueio eletrônico do diferencial, teto solar, entre outros.
A denominação GLI será mantida no Brasil, conforme Autoesporte confirmou com uma fonte ligada ao projeto. O batismo já foi utilizado em nosso mercado nos anos 1990, pelos compactos Gol e Parati. Para marcar a chegada da nova versão, a Volkswagen anunciou a edição de 35 anos, que presta homenagem ao modelo original de 1984.Esta terá como diferenciais a direção elétrica com ajuste variável e suspensão adaptativa.
Inexplicavelmente, a Volkswagen não divulgou os dados de desempenho, mas podemos esperar números similares ao do Golf GTI. O hatch vai aos 100 km/h em 6,3 segundos. A antiga versão Highline equipada com o 2.0 TSI EA211 de geração anterior (211 cv e 28,6 kgfm) fazia o zero a 100 km/h em 7,5 s. Se o seu desempenho se confirmar, o Jetta GLI será o sedã médio mais rápido do mercado brasileiro, um belo diferencial.
Fonte: Autoesporte