RISCOS DE INTERPRETAÇÕES ERRADAS DAS SINALIZAÇÕES E COLOCAÇÃO INCORRETA PELOS ÓRGÃOS CAUSAM INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS
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Dos mais velhos aos mais novos, para todos, o trânsito se resume em apenas uma palavra: ATENÇÃO! Essa é a palavra-chave para os bons condutores, porém uma realidade pouco palpável tendo em vista os erros de interpretação das sinalizações pelos condutores e erros também nas colocações de sinalizações verticais e horizontais pelos órgãos.
Em entrevista ao nosso portal, o Instrutor de Trânsito, Fabrício Madeiros, deu um breve relato sobre as dificuldades nas interpretações das sinalizações; “O grande problema de interpretar as sinalizações de trânsito, já começa na autoescola, infelizmente devido a um ciclo vicioso, não temos tantos instrutores que dominem bem o assunto e que tenha propriedade para não só fazer com que o aluno decore o nome das placas, mas também saibam o que fazer”.


Fabrício conta ainda que muitas vezes a matéria ministrada a respeito das sinalizações não é bem trabalhada, tendo em vista o pouco tempo de estudos. “acaba que os candidatos a condutores se atém apenas a aprender os nomes das placas e quando finalizam o processo, vão para as ruas sem saber o que elas significam, já nas aulas práticas conseguimos definir o assunto com mais propriedade”, explicou.
A importância de saber sobre as sinalizações vai muito além daquilo que podemos imaginar, tais como, evitar acidentes graves, além das dores de cabeça que por um “errinho” poderia ser evitado. O aprendizado é além das 4 paredes da sala de aula, é necessário atenção na aprendizagem, e como supracitado o tempo de abordagem desse assunto muitas vezes é engolido devido ao curto aproveitamento que os instrutores tem para repassar seus conhecimentos.


Outro problema maior ainda é a colocação incorreta das sinalizações de trânsitos, entre as principais falhas estão; dimensões das placas, de acordo com a velocidade da via, a própria fonte utilizada e a quantidade de informações contidas em um mesmo tipo de sinalização. Tudo interfere para que os condutores não consigam assimilar as informações necessárias.
Fabrício alerta que nas placas, principalmente de indicação, e de regulamentação, que possuem informações complementares, devem ter um texto bem enxuto e resumido, com palavras fáceis e objetivas para que o condutor, ainda que em movimento, consiga ler e interpretar em tempo hábil para a tomada de decisão. “Tudo isso faz muita diferença, encontramos placas nas principais avenidas com informações extensas em que se o condutor não parar para ler, ele não consegue entender o que está escrito na placa em sua totalidade e isso atrapalha muito o dia a dia, causando colisões e engarrafamentos.”


Além de tudo, O Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, nos volumes I e II, mostra as sinalizações incorretas e as escolhas das placas de forma equivocada, tendo também, proibições quanto às placas de sinalização que são utilizadas erroneamente. Um exemplo são as placas de circulação das vias, como as placas R-4a (proibido virar à esquerda) e R-4b (proibido virar à direita), ambas para regulamentar o sentido de via. Tudo isso pode levar condutores despercebidos a cometerem infrações gravíssimas e infelizmente a falta de padronização em todo o território brasileiro conduz ao erro sem que os condutores tenham noção de que estão errando.

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